por Rafael Mendonça

O Concurso de Marchinhas Mestre Jonas já se tornou uma referência do carnaval e propagador de umas três ou quatro canções que entraram definitivamente no imaginário do belo-horizontino. Impossível não ouvir um baile do pó royal e não associar ao concurso do ano das eleições de 2014.

Na noite desta sexta-feira, dia 13, houve mais uma vez a final. O quinto lugar ficou com a Do desespero a alegria de Pablo Castro; o quarto lugar está nas mão de Eu quero todo mundo dando beijo na boca de Luiz Rocha; o terceiro lugar do concurso mestre Jonas é Essa cana-bidiol – Ruston Albuquerque, André Albuquerque e Ricardo Gomes; o segundo lugar ficou com Selfolia de Gustavo Maguá/Vitor Veloso/Alexandre Horta, que já havia vencido o Concurso Mineiro. E a campeoníssima do concurso mestre Jonas foi Rejeitados de Guarapari – Flávio Boca, Rae Medrado, Sérgio Duá.

Isso posto vamos as considerações. As marchas desse ano não fugiram a regra, tem umas muito boas, outras mais ou menos e assim vai. Mas faltou alguma coisa. Sabe aquela sensação de escutar um trem que você sabe que vai dar pé e todo mundo vai cantar? Não senti esse ano. Tem coisas muito classudas como o quinto lugar deste ano, divertidas como a Sudorese e engajadas como a Bibi fom fom. Mas faltou aquele punch. E olha que não faltaram assuntos. Todo mundo lembra o tanto que 2014 foi puxado. Outra coisa que acho questionável é deixar para o público toda a responsabilidade para decidir a campeã, tem que ter um peso, mas na minha opinião não todo.

Na apresentação do Moreré, na quinta-feira, muita gente reclamou da área de exclusividade da patrocinadora, com gente falando de proibição de entrar com outra marca de cerveja, isso não aconteceu ontem. A ver se era por causa do concurso ou uma mudança no pensamento. Já havia dito na cobertura para o Mapa da Folia do carnaval passado que gosto dos palcos no carnaval. Não é muito para mim, mas tem um público cativo que se diverte até. E estava um clima bacana que até a hora que fiquei por lá de muita paz.

Mas mesmo com todos estes percalços o que importa é que o grande Mestre Jonas está mais uma vez devidamente homenageado. Agora é esperar que a turma entre firma para o ano que vem voltarmos com aquela emoção toda que a gente vem acumulando esses anos todos.