por Coletivo Adiante
Texto: Camila Bahia Braga
Fotos: Vinícius Rezende

 

Os ensaios já anunciavam que os jovens tinham crescido – em bateria, bronze e brilho. O Juventude Bronzeada promoveu ensaios abertos que começaram a encher de gosto de carnaval os finais de semana belorizontinos. Mas, sem poder contar com a prefeitura para banheiros químicos e limpeza, a manutenção do espaço público ficou ameaçada e o bloco decidiu sair um pouquinho da rua… até esta terça-feira.

Foi quando a Praça Lions, que ano passado recebeu uma turma de amigos, se encontrou com uma multidão em saias coloridas, biquínis, tinta branca e axé. Era Olodum em Minas, praia no bairro Floresta, Pelô em Belô. Foi uma festa grande, diversa e sorrida. Com mulheres-alegria em cima do trio, carregando estandarte, enchendo de cor e energia o bloco que sim, cresceu muito, mas que mantém uma áurea de amizade-família. A força das mulheres dentro do bloco é viva, enérgica e encantadora. É suor visível, a dançar e tocar na bateria; e suor nos bastidores, de quem tanto se move para que a festa aconteça – e brilhe.

O Juventude pareceu uma soma de sortes e bons encontros. De gente que se acreditou e acreditou no axé e colocou a barriga de fora sem se preocupar com nada muito além da diversão que se espalhava por ali. O trio andou e andou pela cidade; e a cidade foi rebolando atrás dele, até a última astronave.